sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Você Conhece a diferencia da cachaça para o Rum

Cachaça e Rum: Você sabe as diferenças e semelhanças?

A cachaça e o rum têm a mesma matéria-prima: a cana-de-açúcar. Mas a brasileira cachaça e o caribenho rum  não são a mesma coisa. Aqui, na Confraria do Copo, explicamos as diferenças e semelhanças.


CACHAÇA É BRASILEIRA

O nome cachaça está protegido por lei e a sua produção está restrita ao Brasil. De acordo com a legislação brasileira, o Decreto 6871/2009, art. 53, define-se cachaça como:
“A denominação típica e exclusiva da aguardente de cana produzida no Brasil. Sua graduação alcoólica deve ser de 38 a 48 por cento em volume, a vinte graus Celsius. Sua obtenção deve ser pela destilação do mosto fermentado do caldo de cana-de-açúcar com características sensoriais peculiares. Podendo ser adicionada de açúcares até 6 gramas por litro”.

RUM É DO MELAÇO

Apesar de ser de origem caribenha e ter como principal região de produção os países da América do Sul e Central, o rum é um destilado que pode ser produzido em qualquer lugar do mundo.

A principal diferença no processo de produção entre os dois destilados, é que o rum é feito com o caldo cozido da cana, o melaço, um subproduto do processo de produção do açúcar. Já a cachaça, historicamente, sempre foi feita com o suco fresco, que a gente chama de garapa. De acordo com o professor Patterson Patricio de Souza, da Universidade Federal de Minas Gerais, essa diferença no processo resulta em uma composição química própria. Isso diferencia os destilados e traz distintas propriedades sensoriais. Patricio explica que ao cozinhar o caldo da cana, as substâncias presentes no produto, como os ésteres, os aldeídos e o álcool superior são alterados, modificando o sabor final da bebida.

O RHUM AGRICOLE

No entanto, pelo Caribe, em países de colonização francesa, como Guadalupe, Martinica e Haiti, há um tipo especial de rum chamado Rhum Agricole que é feito a partir do caldo de cana espremido na hora. A versão caribenha, apesar de também ter como matéria prima a garapa, apresenta diferenças importantes em relação à cachaça. O teor alcoólico pode chegar a até 70% em algumas regiões e a destilação predominante em colunas de inox, enquanto a maioria dos produtores de cachaça destilam utilizando alambiques de cobre.
A cachaça e o rhum agricole são feitos do caldo de cana, enquanto o rum é feito do melaço ou uma combinação de caldo de cana com melaço.

RUM TEM MAIOR GRADUAÇÃO ALCOÓLICA

Como vimos na nossa legislação, a cachaça pode ter graduação alcoólica entre 38% a 48%. Já o rum pode passar desses limites. Mais uma vez, vamos recorrer ao Decreto 6871/2009, agora apontando o artigo 54 que define o rum.
Pela legislação brasileira, o rum, rhum ou ron é a bebida com graduação alcoólica de 35% a 54% em volume, a vinte graus Celsius. Sua obtenção é a partir do destilado alcoólico simples de melaço, ou da mistura dos destilados de caldo de cana-de-açúcar e de melaço. O envelhecimento deve ser em recipiente de carvalho ou madeira equivalente, conservando suas características sensoriais peculiares.

O CARVALHO E AS OUTRAS MADEIRAS

Tanto a cachaça como o rum podem ser consumidos na sua versão branquinha, aquela que não passa por madeira. No entanto, as duas bebidas têm suas versões armazenadas ou envelhecidas em barris de madeira. E aí está um dos grandes potenciais da cachaça!
A cachaça é uma das poucas bebidas alcoólicas que não envelhecem apenas em carvalho. Madeiras nacionais como amburana, jequitibá, ipê, bálsamo e várias outras são utilizadas para o envelhecimento ou armazenamento da bebida. Cada madeira concede uma cor, um aroma e um sabor característico. O potencial gastronômico dessa particularidade é imenso. Basta imaginar a possibilidades de harmonização com ingredientes e pratos da cozinha brasileira e de outros países.

AS ORIGENS DA CACHAÇA E DO RUM

De acordo com pesquisador Wayne Curtis, autor do livro And a Bottle of Rum: A History of the New World in Ten Cocktails, o rum surgiu no começo do século XVII nas colônias britânicas do Caribe, provavelmente em Barbados. O rum teria sido originado  dos subprodutos da indústria do açúcar, antes considerados lixos indesejados e muitas vezes descartados no mar. Já uma versão rudimentar de cachaça era produzida no litoral brasileiro entre 1516-1532, fazendo da aguardente brasileira o primeiro destilado da América. A cachaça é mais antiga do que o pisco (Peri e Chile), a tequila e mezcal (México), o rum (Caribe) e o bourbon (EUA).
As histórias dos dois destilados se entrelaçam, inclusive em terras brasileiras. Os holandeses já produziam destilados de cana-de-açúcar num processo parecido com a fabricação do rum. Isso no início do século XVII.
Com a expulsão dos holandeses de Recife eles levaram a cana e os equipamentos de destilação para o Caribe. Esse pode ser o motivo do rum ter se tornando mundialmente mais famoso do que a cachaça brasileira, pois os holandeses eram ótimos comerciantes. Além disso tinham a estrutura da Companhia das Índias Ocidentais para levar a produção caribenha para a Europa.


Fontes:  American University Washington e bebidaexpressblog.com.br

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Drinque a Base de Cachaça


Ordem e Prosecco

Se o nome parece familiar talvez é porque tenha sido inspirado no lema da bandeira brasileira, "Ordem e Progresso". Trata-se de uma das mais recentes receitas da mixologia do país, e tem o nome porque justamente leva um dos ingredientes alcoólicos nacionais que mais faz sucesso: a brasileiríssima cachaça. E, para dar um toque mais sofisticado ao coquetel, um bom prosecco! A receita completa leva
50 CL de cachaça (a que preferir)
suco de limão (Taiti ou cravo)
Completa com espumante. 
Para finalizar, usa-se cascas de limão para decorá-lo. Um coquetel refrescante e com certeza interessante para um casamento.

terça-feira, 18 de abril de 2017

MilkShake Para Adultos





Chocobailey's Maltine



Uma tendencia que vem crescendo são releituras de Clássicos
então por que não fazer uma releitura de
um clássico sem álcool e acrescentar um pouco de bebicas alcoólicas

Receita
5 CL de Bailey's Irish Cream
5 CL de Licor de Chocolate
20 CL de Leite
2 Bolas de Sorvete
OvoMaltine
2 MarshMallow
Calda de chocolate

Modo de preparo

Bata no liquidificador ou na coqueteleira os licores
com leite e o Sorvete com o OvoMaltine
decore a taça com a calda de chocolate
polvilhe com OvoMaltine e
queime com o maçarico queime também
os dois MarshMallow e coloque
por cima do OvoMaltine queimado

sábado, 9 de julho de 2016

Valorização dos Sabores do Brasil


Foto:Tadeu Brunelli / Divugação


Que os sabores do Brasil são infinitos, já sabemos há tempos. Mas aliar nossas frutas, folhas e PANCs a técnicas elaboradas e precisas do universo dos drinques é desafio diário.
Na etapa nacional do World Class Competition, o maior campeonato de coquetelaria do mundo, dez dos melhores profissionais de bar do país e a própria competição, mostraram que estão em dia com essa missão.
— Os jurados internacionais gostam muito da brasilidade, mas a gente tem vergonha. Enquanto ficamos copiando o que estão fazendo lá fora, estão olhando para cá para criar coisas novas — diz Nicola Pietroluongo, embaixador da Diageo no Brasil. — Temos sabores que os outros não entendem, e é isso que temos que mostrar.




Para escolher o melhor bartender do país, os competidores passaram por dois dias de desafios, como o Fruit and Plants, de drinques autorais com conceito de sustentabilidade; o Seasons Summer and Winter, com um coquetel fresco para o verão e um mais envolvente para o inverno; e, o mais emocionante, o Against the Clock, no qual os competidores têm que preparar oito coquetéis em dez minutos.
— Se você é capaz de fazer todos aqueles coquetéis com uma boa técnica e a cabeça funcionando, isso mostra que você é uma pessoa de bar — avalia Nicola. — É o desafio mais importante.


SABOR E BOROGODÓ

Sai a razão, entra a emoção. O eleito para representar o Brasil na final global, Marcos Felix, do bar., de São Paulo, tem perfil bem diferente do sisudo e prodígio Kennedy Nascimento, vencedor de 2015. Durante os dois dias de provas, o paraibano de Juazeirinho preencheu o balcão com criatividade, técnica e carisma.
— Trabalho com o coração. O balcão é um palco para entreter as pessoas, desde quando elas chegam até a hora de deixar o bar — diz Felix, apostando no borogodó brasileiro para impressionar os jurados na final global em Miami, em setembro.
Entre as criações do melhor bartender do Brasil, estão o Cariri, coquetel autoral que resgata as raízes de Felix, com Ypiocá 5 Chaves, Cynar, e bitter de aipo; e o Smash de Pepino, que leva gim Tanqueray, pepino e limão siciliano.



À frente de um dos balcões mais interessantes de São Paulo — e com uma carta de gims de cair o queixo —, Felix já sabe por onde devem ir as criações que levará para a final.
— Vou levar muita coisa da cozinha para o bar, e manter o foco no Brasil — diz.



Fonte o globo

terça-feira, 7 de junho de 2016

Russian Cream






5 CL de Bailes
3 CL de Vodka Vanilia
1 CL de Licor de Café
1 Anis Estrelado
Canela em pó ou em pau


quinta-feira, 26 de maio de 2016

Só de Caipirinha vive a Coquetelaria Brasileira?



Bom, por esses dias andei observando a quantidade enorme de variações de "caipirinha" que existem por aí. Caipirinha é linda na sua simplicidade.

Não consigo encontrar nenhum clássico que possua tantas variações. Apesar de o Mojito possuir algumas receitas com pequenas alterações, Mojito de morango... Mojito de maracujá... Só porque você tirou o limão e colocou maracujá não torna um Mojito de maracujá, Mojito é: hortelã, rum, xarope simples, limão e gelo. PONTO.


Agora por que a caipirinha virou essa febre de criações bizarras, que fogem completamente do padrão, que simplesmente é: limão, açúcar, gelo e CACHAÇA. Por que o uso da caixa alta? Simples, já vi de tudo: caipiroska (vodka), CaipiSaque ou Saquerinha (de saque, olha os nomes), caipisco (é... Pisco, ele caiu, eu acho...), eu juro... Já vi até de cerveja, já vi inclusive de whisky, ou seja um Whisky Sour mal feito. E os licores? É de dar dó. Blue Caipirinha. Caipilé, uma atrocidade na minha humilde opinião. Colocar um picolé de frutas dentro de uma caipirinha? Por favor, "criatividade" tem limites! E uma caipirinha frozen? Não é por falta de imaginação, mas não consigo imaginar um resultado que funcione para isso.


Mas essas são só as bebidas, estamos esquecendo da variedade que existe das chamadas CaipiFrutas! Morango, morango com hortelã, kiwi, morango com kiwi, gente.... Só eu que vejo isso como fruta com cachaça? Que isso é coquetelaria barata e pouco criativa? Por que esses coquetéis não possuem outro nome? Por que ao invés de inventar novas "caipirinhas" não criamos outros coquetéis?! Só dá para usar cachaça em caipirinha? Ninguém tem idéia melhor? Não acredito que em um país de dimensões continentais como o nosso, só consigamos fazer isso, e detalhe, a maioria das frutas usadas para as supostas caipirinhas, as mais vendidas, não usam nem frutas daqui!


Mas todo mundo aqui faz isso, já vi restaurante com quase 60 variações de "caipirinhas", e isso por baixo.


Existem terminologias que abrem espaço para milhares de combinações, Sour, Slush, Fizz, etc, possuem outros nomes, são outros drinks, não destroem a receita original, a primeira criada. Caipirinha, assim como Mojito, Margarita, não são esse tipo de terminologia, se você muda o destilado, ou muda a fruta usada, são outros coquetéis, que precisam de outro nome! Um Bellini é de pêssego, colocar outras frutas descaracteriza o clássico. Dê outro nome! Se você muda o licor do Cosmopolitan, você não põe, exemplo bem bizarro: Midori Cosmopolitan. Para começar você nem faz isso, mas se o fizesse, daria outro nome, não é mesmo?


Sabemos que muitos são muito saborosos, que existem combinações que mereciam um nome à parte ao invés de caipirinha de abacaxi com noz moscada, com uma dash de triple sec. Ou uma de caju, limão, com melaço de rapadura, ao invés do xarope simples.
Ou quem sabe uma de laranja, com baunilha, feita com uma cachaça envelhecida?


Essas "variações" não são nem de longe caipirinha. Então, por favor... Vamos começar a dar nomes reais a esses coquetéis, vamos educar o cliente.


Muitas vezes já observei que esses "coquetéis" entram na carta de bar por preguiça do dono, porque ele não quer pagar a mais um treinamento para o garçom, seja da carta de bar, da de vinho, muitas vezes até do cardápio. Então, fica difícil trabalhar com quem só sabe vender "batida de fruta". Por isso o nosso trabalho de educar o cliente. Para quem presta consultorias o trabalho de educar o dono na hora de criar a carta de drinks.



Se continuarmos nesse rumo, deixando as coisas como estão, nosso país nunca vai deixar de ser uma país de "caipirinhas"... O que é triste para o que podemos fazer. Podemos agregar mais que isso. Mostrar ao mundo que com cachaça você pode muito mais. Que o sabor peculiar dela não vai bem só com limão e açúcar.


Autora do Texto: Neila Pamplona

segunda-feira, 3 de agosto de 2015